(O post que se segue pode conter spoilers e/ou opiniões que poderão ferir as suscetibilidades de fãs obstinados com esta série. Reader discretion is advised.)
Como mencionei anteriormente aqui, o confinamento trouxe-me horas infindáveis que eu optei por preencher com séries da Netflix, e uma delas foi Lucifer.
Lucifer conta a história do Diabo (sim, o senhor das trevas, rei do inferno, Belzebu himself) que se cansa de estar no inferno a tomar conta de almas penadas durante toda a eternidade e decide mudar-se para Los Angeles. Quem nunca?
O conceito, pelo menos para mim, era novidade e pareceu-me logo de início super cativante.
Mas esta pobre série sofre de um problema já comum da Netflix: a capacidade que este serviço de streaming tem de encher chouriços, coisa que já vi noutros títulos, como por exemplo, 13 Reasons Why (A maneira de contar a história? Super inovadora. A mensagem que a série transmite? Super relevante e necessária. A necessidade de mais três temporadas? 404 not found.)
Mas voltando ao tema do post, a série centra-se na vida de Lucifer em Los Angeles, onde conhece uma detetive que claramente é a sua soulmate. E se vocês virem a série porque gostam de investigações policiais e tudo o que as envolve, não me parece que se vão sentir incomodados com o enchimento de chouriços, o que não é o meu caso.
Portanto, desde o primeiro episódio que estava à espera que a detetive, Chloe, se deixasse de fazer de difícil e admitisse que realmente gostava do Lucifer.
Don't get me wrong, no lugar dela também não me atirava para os braços do Lucifer assim que o visse (🤔) porque há ali muito character development pela frente, spoiler alert: o Lucifer é um narcisista sem noção durante a maior parte das primeiras temporadas, mas pelo menos é engraçado 🤷🏻, o que torna a lentidão do desenvolvimento ligeiramente suportável, mas chega a um ponto em que todos percebemos até onde é que a história vai dar, e por mais que torçamos por isso o momento nunca chega.
Há toda uma panóplia de personagens relacionadas com o Lucifer com algumas referências bíblicas (que, não vou mentir, me obrigaram a algumas pesquisas no google) e bastantes twists inesperados na narrativa o que, na minha opinião, não chegou para me distrair do facto de a narrativa principal demorar 5 temporadas e SETENTA E CINCO episódios para se desenvolver, e ainda assim ser interrompida abruptamente devido a uma pandemia (já não fizeste o suficiente, covid?!).
O IMDB classificou esta série com um 8.1/10, mas neste canto da internet leva um 7/10.
Dêem-me um final decente e talvez reconsidere @netflix, sei que valorizam bastante a minha opinião nestes assuntos. Falamos em breve para o resto da temporada 5? 👀