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Entrar num curso da NOVA FCSH: uma opinião menos positiva

Atualizado: 11 de mar. de 2021

(O post que se segue corresponde apenas e só à opinião de quem o escreveu, não se responsabilizando a autora por ferir suscetibilidades de stans da FCSH. Reader discretion is advised.)


Tendo eu sido uma aluna espetacularmente má a tudo o que envolvesse números (shocking, eu sei), acabei por escolher humanidades, não só por ser o que restou a seguir à exclusão das outras hipóteses, mas também por até gostar de Português e de aprender línguas estrangeiras.

A sequência lógica de acontecimentos levou-me a escolher tradução como área de estudo para a universidade, e como tinha média para isso, dei-me ao "luxo" de poder entrar na minha primeira opção, a Faculdade Nova de Ciências Sociais e Humanas.


E porquê a FCSH?

(Ou lá como se chama agora depois daquele pseudo rebranding)


E é na resposta a esta pergunta em que as coisas começaram a descambar.

Optei pela FCSH porque era a que pedia a média mais alta, e daí assumi que a qualidade do ensino seria melhor (burra, burra, burra).

Mas calma que a culpa não é 100% minha, só 99.9%




O "Dia Aberto"


Aliada a esta suposição, foi a visita que fiz no tal Dia Aberto da faculdade, em que a faculdade pinta as coisas de uma maneira um pouco mais colorida do que na realidade acontece.


E o que é que acontece no dia aberto?

Bem, depois de escolherem o vosso curso e de se inscreverem no dia aberto, dão-vos um horário das várias atividades e palestras ao longo do dia, em que podem escolher as que querem assistir, dependendo das línguas que querem para o curso.

E é aqui que a coisa passa a não corresponder bem ao que posteriormente foram as aulas.


Ignorando o facto de as aulas neste dia serem dadas nos auditórios e não nas verdadeiras salas, em que por vezes não existem sequer cadeiras ou mesas suficientes para o número de alunos inscritos, o método que é demonstrado nestas apresentações não é de todo o que é utilizado durante os três anos de curso.


Tomem como exemplo a minha "aula" de Francês nesse dia, em que a docente fez um quiz super dinâmico em que os alunos respondiam às perguntas através dos telemóveis e as respostas eram projetadas no quadro e no final distribuiu prémios pelos vencedores.


E é compreensível que nem todas as aulas sejam assim, o que nem era viável para os professores, que iam passar a vida a comprar canetas e agendas para depois oferecer aos alunos.

O problema principal deste tipo de apresentações é que quem as dá nos leva a crer que as aulas vão ser divertidas, estimulantes, cheias de atividades e os métodos de ensino vão ser diferentes do que já conhecíamos até aí durante o ensino secundário.


Mas não é isto que acontece, as aulas de línguas, que deveriam ser o foco de um curso como o que fiz (que quase acabou comigo antes de eu o acabar a ele 😭) são dadas através de PowerPoints com temas ou matéria (se é que textos sobre a eutanásia, um assunto já debatido até ao infinito no ensino secundário, se pode chamar de matéria), que depois somos convidados a discutir com os alunos do lado, muito ao estilo de alcoólicos anónimos (não que eu saiba, claro 👀).


É sim, neste modo de lecionar que está o problema, pagar propinas para ler PowerPoints e discutir os assuntos em nada relevantes com os coleguinhas de carteira não me parece de todo uma boa maneira de aprender o que quer que seja. Já mencionei que são TRÊS ANOS? Acho que já. 🤔


Portanto aqui vai um conselho que vocês não pediram, mas que eu vos vou facultar gratuitamente na mesma: informem-se bastante antes de escolherem a vossa faculdade, e não o façam apenas junto dos organizadores sorridentes que lá estão a pintar tudo de cor-de-rosa.

Procurem conhecidos que lá andem, perguntem a quem por lá passa durante o dia aberto ou a antigos alunos e perguntem o que é que eles acham realmente sobre a faculdade (e não só sobre a esplanada, obviamente).

Informem-se, façam uma decisão informada e usem máscara. 😷😷😷


Nos próximos capítulos: O inferno da inscrição em disciplinas



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